terça-feira, janeiro 21, 2014

Projeto ABC do Cinema - Letra B

Se você perdeu a primeira postagem do projeto, e quer saber o que ele é, basta clicar aqui. Para os que já estão a par, chegou a hora da resenha do filme escolhido com a letra B, que foi:

Batman O Cavaleiro Das Trevas (The Dark Knight, EUA, 2008), com Christian Bale, Heath Ledger, Michael Caine, Gary Oldman, Aaron Eckhart, Morgan Freeman e Maggie Gyllenhaal.

O Cavaleiro das Trevas é o segundo filme da trilogia produzida, escrita e dirigida por Christopher Nolan, num reboot do personagem no cinema, após 4 filmes e três atores no papel de Batman (Michael Keaton, Val Kilmer e George Clooney). Depois de um inicio sombrio, mas promissor, com os filmes dirigidos por Tim Burton, a Warner quis um clima mais familiar e "solar", o que resultou nos 2 filmes seguintes e uma avalanche de críticas negativas, apesar do faturamento nas bilheterias se manter razoável. Ao invés de investir numa continuação, acabou-se por optar em recomeçar a franquia do zero, surgindo assim uma nova identidade para o Homem Morcego.


Por ser um filme que está entre outros dois, O Cavaleiro das Trevas nos apresenta uma história já em andamento, com alguns novos elementos e deixando para o próximo filme a resolução do arco maior da história, que é: um dia Batman poderá deixar de existir?

A origem do Batman todos conhecem, ele era apenas um menino quando viu seus pais serem assassinados, e alimentou seu ódio e desejo de vingança até virar o Batman, por baixo da fachada de Bruce Wayne, um bilionário playboy e levemente irresponsável.

Como sempre a cidade de Gotham está tomada por bandidos, e o plano de Batman e Jim Gordon é desmantelar as várias gangues de mafiosos rastreando o dinheiro usado por eles. Um novo personagem entra nesta equação, o respeitável promotor Harvey Dent. Enquanto os três tentam limpar Gotham, o Coringa chega para quebrar tudo e tocar o terror, revelando o que de pior pode haver nas pessoas. Ele mata, aterroriza, chantageia, trapaceia e desfaz qualquer plano, levando todos ao limite da ética.

Vemos que o Batman de Nolan não é invencível: ele se machuca, fisicamente, mas também se questiona sobre um dia deixar de ser o Batman, sobre o herói que Gotham precisa e merece, sobre algumas de suas atitudes, sobre seu amor por Rachel, e acaba dando de cara com as consequências de seus atos.

O filme tem vários momentos de clímax, em que você pensa "caramba, agora acabou de vez", e logo depois é jogado novamente no meio da ação. Todos os personagens são bem escritos e tem seus momentos de destaque, em especial Harvey Dent e sua transformação no Duas Caras, sua morte ocasionando o discurso da agora Comissário Gordon sobre heroísmo, a fuga de Batman e seu auto exílio, dando o mote para o terceiro e último filme.

Mas o ponto alto do filme é sem dúvida o Coringa de Heath Ledger. Desde a composição dos trejeitos e tiques de seu personagem, passando pelo figurino extravagante e suas histórias para explicar suas cicatrizes, Ledger deu um show de interpretação e entregou-se ao personagem de tal maneira que a loucura deste acabou por levá-lo, de certa maneira, a morte. O Coringa de Cavaleiro das Trevas não é apenas um palhaço maluco, mas se vale desta máscara para, aos poucos, tomar o controle dos bandidos de Gotham e levar a cabo seu plano de acabar com o Batman. Apesar de dizer para Harvey, no hospital, que ele é o caos e que as pessoas se desesperam com a falta de controle, Coringa planeja suas ações cuidadosamente para espalhar a desordem. E é em meio a esta que as pessoas revelam seus piores e melhores lados.

Ao final, o Coringa é o outro lado da moeda, a outra face do Batman. São dois mascarados fazendo a sua justiça e mergulhando a cidade de Gotham no caos. O Coringa é o Batman louco, o tipo de vilão que só uma cidade como Gotham e um herói como Batman poderiam produzir.

Não deixem de comentar e acompanhar, em breve o filme com a letra C!

1 comentários:

Leonardo disse...

Ai eu dou valor ficou muito boa a resenha amor, parabens =)